A Coragem de Ser Autêntico: Reflexões Sobre Propósito e Liberdade Pessoal

A Coragem de Não Agradar, de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga

A obra A Coragem de Não Agradar, de Ichiro Kishimi e Fumitake Koga, fundamenta-se na psicologia adleriana para questionar crenças limitantes e incentivar uma vida mais autêntica. Um dos pontos centrais do livro é a ideia de que não somos determinados por nossas experiências passadas, mas pelo significado que escolhemos atribuir a elas. Isso significa que eventos traumáticos ou marcantes não possuem, por si só, o poder de definir nosso destino. Ao contrário, é a interpretação pessoal desses eventos que molda nossas escolhas e nosso comportamento. Esse conceito desloca o indivíduo da posição de vítima para a de protagonista, oferecendo-lhe controle sobre suas próprias narrativas.

Outro ponto importante é a relação entre zona de conforto e mudança. Muitos preferem permanecer em situações insatisfatórias simplesmente porque estas são previsíveis. Mudar exige coragem, pois envolve abrir mão de certezas e enfrentar a possibilidade de fracasso. Esse medo é frequentemente disfarçado por desculpas bem elaboradas, como a falta de tempo ou recursos. Assim, permanecemos presos à ilusão do “poderia ter sido”, evitando o risco de nos comprometermos verdadeiramente com nossos objetivos.

O sentimento de inferioridade, outro tema recorrente na obra, é apresentado sob duas perspectivas: como um estímulo para o crescimento ou como uma prisão psicológica. Sentir-se inferior pode ser um motor poderoso para a melhoria pessoal, desde que não se transforme em um complexo de inferioridade. Este último surge quando usamos nossas limitações como desculpa para não agir, aceitando passivamente nossas circunstâncias. Além disso, é interessante notar como, frequentemente, a vanglória e a ostentação surgem como máscaras para disfarçar um sentimento profundo de inferioridade.

A busca constante por validação externa também é um obstáculo significativo para o crescimento emocional. O desejo de ser aceito e apreciado pode facilmente se transformar em dependência. A coragem de ser detestado, um conceito provocador do livro, sugere que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando deixamos de viver para atender às expectativas dos outros. Esse tipo de coragem não implica desrespeitar ou ignorar os sentimentos alheios, mas agir de acordo com nossos próprios valores, mesmo que isso nos torne impopulares.

Outro aspecto fundamental é a diferença entre contribuição genuína e busca por reconhecimento. De acordo com Adler, a sensação de contribuição é essencial para a felicidade humana. No entanto, essa contribuição não precisa ser visível ou grandiosa; basta que o indivíduo perceba, de forma subjetiva, que está sendo útil a alguém ou a alguma causa. Quando essa percepção não existe, é comum que surjam sentimentos de vazio e inutilidade, muitas vezes levando à depressão ou à sensação de falta de propósito.

A competitividade excessiva, alimentada por uma mentalidade de comparação constante, também é apontada como uma barreira para a felicidade autêntica. Viver em um estado permanente de competição transforma o mundo em um campo de batalha, onde cada interação é uma luta por poder ou validação. Redes sociais, por exemplo, frequentemente intensificam essa mentalidade, criando um ciclo de insatisfação e comparação que é difícil de romper.

Além disso, os conflitos interpessoais, sejam eles pequenos desentendimentos ou disputas mais sérias, são frequentemente analisados sob a lente das lutas por poder. Muitas vezes, as pessoas buscam vencer discussões em vez de compreender o outro lado. Adler sugere que, ao invés de criticar e impor nossa visão, devemos buscar entender as intenções ocultas por trás das ações e palavras dos outros. Isso não significa ser passivo, mas sim adotar uma postura menos combativa e mais reflexiva.

Por fim, o livro ressalta que a verdadeira felicidade está ligada ao senso de contribuição e à capacidade de viver de forma autêntica. A coragem de ser livre exige não apenas autoconhecimento, mas também disposição para enfrentar os medos que surgem ao longo do caminho. O mundo pode ser um lugar hostil para quem escolhe agir de acordo com seus próprios valores, mas, segundo Kishimi e Koga, esse é o único caminho para uma vida plena e significativa.

Elon Musk by Walter Isaacson, Rogerio W. Galindo, and Rosiane Correia de Freitas

RESUMO

O livro analisa a visão e práticas de Elon Musk, abordando inovação, liderança, cultura corporativa e desafios humanos.

Ideias

1. Elon Musk toma decisões guiadas pela lógica, nunca pelo medo, evidenciando traços de resiliência.
2. Apresentar visões como “mensagens do paraíso” facilita a mobilização de pessoas.
3. Resolução rápida de problemas é priorizada acima da tentativa de evitá-los.
4. Questionar regras e especificações é fundamental para desafiar o status quo.
5. Fábricas próximas garantem melhoria contínua devido ao contato diário com os processos.
6. Automação deve ocorrer somente após eliminar e otimizar processos desnecessários.
7. Liderança exige prática: gerentes devem vivenciar as operações das equipes.
8. Camaradagem pode prejudicar a honestidade no feedback entre colegas.
9. Atitude pesa mais do que habilidades na contratação, pois habilidades são ensináveis.
10. Acelerando processos, alcançam-se metas antes que o tempo se esgote.
11. Desafiar todas as normas, exceto as leis da física, é uma regra na SpaceX e Tesla.
12. A proximidade com a fonte da informação é crucial para decisões acertadas.
13. Mentalidade “woke” é vista como ameaça ao progresso multiplanetário.
14. Perdão e humor são valores que fortalecem a convivência social.
15. Longos períodos de sucesso desmotivam a busca por inovação e riscos.
16. Shakespeare destaca que heróis e vilões são moldados por suas falhas.
17. Trabalhar diretamente com a linha de produção traz insights práticos e estratégicos.
18. Urgência maníaca é central para a operação das empresas de Musk.
19. Liderança se torna autêntica ao evitar pedir algo que o líder não faria.
20. A lentidão nos projetos dos EUA reflete o medo de fracassar.
21. Resolver problemas no nível técnico gera mudanças rápidas e eficazes.
22. Especificações precisam ser associadas a indivíduos, não departamentos.
23. A simplificação excessiva de processos deve ser acompanhada de senso crítico.
24. Empatia no trabalho exige rapidez para agir diante do sofrimento alheio.
25. Uma cultura que aceita estar errada estimula aprendizado e progresso.

Insights

Insights

1. O medo é inimigo da inovação e deve ser eliminado das tomadas de decisão.
2. Narrativas visionárias fortalecem a liderança e conquistam apoio em desafios ambiciosos.
3. A proximidade operacional é indispensável para a eficácia organizacional.
4. Regras impostas sem questionamento inibem o progresso.
5. Líderes eficazes são aqueles que lideram pelo exemplo prático.
6. A inovação nasce da destruição criativa de processos obsoletos.
7. Culturas corporativas baseadas em urgência maximizam resultados.
8. Grandes conquistas exigem aceleração e disposição para correr riscos.
9. A rigidez mental e cultural ameaça o avanço da humanidade.
10. Vulnerabilidade ao erro cria um terreno fértil para o aprendizado.

CITAÇÕES

1. “Decisões nunca devem ser guiadas pelo medo.”
2. “Toda situação é salvável.”
3. “Se sua mão queima, você tira; com outra pessoa, demora mais para agir.”
4. “Aproxime-se da fonte para obter informações.”
5. “Nunca aceite uma especificação sem saber quem a criou.”
6. “Automatize apenas após resolver os problemas subjacentes.”
7. “Camaradagem excessiva dificulta desafiar o trabalho do outro.”
8. “Nunca peça à tropa o que você não faria.”
9. “Urgência maníaca é o princípio operacional.”
10. “Regras vêm da física; o resto é recomendação.”
11. “A mentalidade woke é divisiva e anticientífica.”
12. “Perdão e humor sustentam a convivência.”
13. “Grandes conquistas não acontecem sem aceleração.”
14. “Bata com força, e ganhará respeito.”
15. “Sucesso prolongado reduz o desejo de correr riscos.”

HÁBITOS

1. Resolver problemas rapidamente em vez de evitá-los.
2. Questionar e eliminar etapas desnecessárias nos processos.
3. Vivenciar o chão de fábrica para insights práticos.
4. Manter proximidade com quem realmente executa as tarefas.
5. Contratar com base na atitude, não apenas em habilidades.
6. Simplificar antes de otimizar processos.
7. Aceitar o erro como parte do aprendizado.
8. Desafiar todas as normas impostas.
9. Estabelecer urgência em todas as metas.
10. Exigir que líderes liderem pelo exemplo.
11. Evitar camaradagem que impede feedback honesto.
12. Priorizar decisões baseadas em fatos da fonte.
13. Acelerar processos com foco nos resultados.
14. Automatizar somente processos previamente simplificados.
15. Operar com uma mentalidade de aprendizado contínuo.

FATOS

1. O medo atrasa decisões inovadoras.
2. Visões inspiradoras podem transformar a execução de projetos impossíveis.
3. Empresas que enviam fábricas para longe perdem oportunidades de inovação.
4. Regras criadas por pessoas inteligentes requerem questionamento crítico.
5. Estados Unidos enfrentam dificuldades para inovar devido ao medo do fracasso.
6. Organizações prosperam ao adotar uma cultura de urgência.
7. A proximidade com o chão de fábrica aprimora a produção.
8. Empatia no trabalho exige respostas ágeis.
9. Liderança prática gera respeito e melhores resultados.
10. Inovações tecnológicas dependem de simplificação processual.
11. A ausência de riscos enfraquece a busca por progresso.
12. A mentalidade woke é vista como obstáculo para avanços tecnológicos.
13. Shakespeare explora a complexidade de heróis e vilões.
14. Sociedades que perdoam e brincam prosperam melhor.
15. A lentidão dos EUA reflete a perda de ousadia.

RECOMENDAÇÕES

1. Vivencie a operação para aprender melhor.
2. Priorize atitudes em contratações.
3. Questione especificações sem hesitar.
4. Automatize somente processos otimizados.
5. Evite camaradagem excessiva no trabalho.
6. Foque na urgência para alcançar metas.
7. Simplifique antes de acelerar.
8. Adote práticas de liderança prática.
9. Amplie a empatia no trabalho.
10. Desafie normas para avançar.
11. Aceite erros como aprendizado.
12. Conecte-se à fonte de informações.
13. Inspire com narrativas visionárias.
14. Elimine processos desnecessários primeiro.
15. Cultive uma cultura de aprendizado constante.

Questione tudo, acelere processos, simplifique sistemas e lidere com proximidade para promover inovação contínua.

Capa do livro No Hero de Mark Owen

O que aprendi com o livro No Hero – The Evolution of a Navy Seal de Mark Owen com Kevin Maurer

No Hero é o segundo livro produzido Mark Owen o mesmo autor de “No Easy Day” .

No hero conta a estória sobre como Mark se tornou SEAL.

Durante o tempo que serviu, Mark participou de importantes destacamentos, sendo que os mais conhecidos foi resgate do capitão Phillips e a Operação Lança de Netuno no Afeganistão responsável pela capturada de nada menos que Osama Bin Laden. (Coincidência ou não Operação Netuno, foi o nome dado a operação de desembarque na Normandia).

Capa do livro No Hero de Mark Owen

Você que começou a ler esse artigo pode me perguntar: – Ok, Iberê. O que um livro sobre um SEAL americano pode trazer de útil na minha vida.

Na verdade, acredito que o mais importante nesse livro não está no fato de ser ou não um militar americano mas sim, nas coisas que o autor aprendeu nessa jornada e como ele compartilha essa experiencia.

Nós lemos livros, ou assistimos canal do YouTube (como o DPFN), porque com informação nos tornamos pessoas melhores.

É sobre isso que trata esse artigo.

Destaquei alguns pontos no livro que quando bem observado sem dúvida nos tornam seres humanos melhores.

Determinação

A primeira e na minha opinião a lição mais importante que Mark nos passa no livro diz respeito a determinação.

Mark vivia no Alaska e é filho de uma família bem simples, mas desde cedo se interessou por ser SEAL. Lia livros, assistia a filmes colecionava objetos relacionados aos SEALs  como todo aficionado por alguma coisa, até que de fato atingiu a idade e teve a oportunidade de entrar nas forças armadas onde seus sonhos começaram a tomar forma.

Durante esse tempo teve uma série de oportunidades bem mais atrativas naquele momento de vida, mas que não o levariam para o fim que ele desejava.

Mesmo assim, manteve o foco e a determinação para buscar o que queria até conseguir.

Determinação é como um motor 12 cilindros, ele á capaz de gerar uma quantidade incrível de energia e te levar para onde você precisa, mas por outro lado precisa estar sempre sendo abastecido.

Se você deixar acabar o combustível é bem provável que a determinação acabe e você abandone tudo aquilo com que você sonhou.

Eu pessoalmente posso atestar isso, da mesma forma que Mark sonhava com os SEALs eu sonhava com aviação. Aviação militar no Brasil não ia me satisfazer, queria estar com os grandes e a aviação comercial era o meu sonho.

Ler o livro vai te mostrar o que é ser determinado, continuar lendo esse texto vai te ensinar o que você não deve fazer quando você tem um sonho.

Sempre sonhei grande e na época, 30 anos atrás (exatamente) o top era piloto de 747 da VARIG. Hoje a Varig não existe mais e acredito que nenhuma companhia nacional opere o 747.

Com 16 anos eu mal sabia tirar um carro da garagem, mas sabia decolar e pousar um monomotor sem maiores dificuldades.

Estava no caminho certo até porque na época a única rota disponível pra mim era o Aeroclube de São Paulo.

No entanto, 3 anos depois as coisas começaram a se perder quando eu passei a dar mais importância para a experiencia dos outros do que ao meu próprio sonho.

E pior, com 19 anos pensei que estava no controle de alguma coisa ou mesmo dos eventos do meu próprio futuro.

Acabei abrindo mão e de certa forma me arrependo de não ter chegado lá e somente depois de ter vivido todas aquelas boas e más coisas que ouvi, ter decidido se deveria seguir ou não.

Se você tem um sonho, uma meta ou um objetivo, tenha certeza de que se você vai abrir mão dele é em função das coisas que você controla e não daquilo que você ACHA que pode acontecer no futuro.

Temos muita dificuldade em separar as coisas que realmente conseguimos controlar das coisas que achamos que controlamos e os eventos que o futuro e a vida trazem são totalmente inesperados e incontroláveis.

Isso nos leva a outro ponto do livro do Mark.

3 foot world

3 foot world (mundo dos 3 pés) se refere aos pontos de apoio que você mantém durante uma escalada.

Nesse momento nada mais importa a não ser a estrita concentração no presente, nos procedimentos e em qual serão os próximos passos.

No livro, Mark conta como ele aprendeu isso durante um treinamento em escalada no qual ele começou a divagar sobre a possibilidade de uma queda e nos eventos que isso poderia acarretar.

A possibilidade da queda e esses eventos não estavam sob seu controle e a única coisa com a qual ele deveria de fato se ocupar é onde seria o seu próximo ponto de apoio para seguir escalando.

Esse conceito não é novidade, os estoicos na Grécia já ensinavam sobre isso:

“Algumas coisas estão em nosso controle, enquanto outras não estão. Nós controlamos nossa opinião, escolha, desejo, aversão e, em outras palavras, tudo aquilo que é originado pelas nossas ações. Nós não controlamos nosso corpo, propriedade, reputação, posição e, em outras palavras, o que não é originado pelas nossas ações.

– Epictetus

Depois de milhares de anos ainda não conseguimos diferenciar o que está ou não sob nosso controle e a quantidade de problemas que isso nos traz entre medos infundados, crises de ansiedade, perda de concentração e julgamentos incorretos.

Ademais, o século XXI com esse incansável bombardeio de informações não tem facilitado em nada e é por isso que temos que ser lembrado por soldados americanos o que filósofos gregos nos ensinaram a mais de 2000 anos.

E por falar em informação, o livro do Mark traz mais um ponto no qual estamos falhando miseravelmente.

Comunicação

É impressionante como trocamos informação sem nos comunicar de forma adequada.

Somos muito bons em trocarmos uma serie de abobrinhas por meio das medias sociais e dos canais de comunicação que temos disponível, mas falhamos miseravelmente quanto ao seu conteúdo.

Nos comunicamos mal com nosso time no trabalho, com nossos filhos e com nossos pais.

No livro Mark comenta sobre uma espécie de reunião que é feita após cada missão onde de maneira aberta e sincera se comenta os pontos positivos e negativos de cada missão.

Nesse momento não há hierarquia e nem ressentimento só a troca sincera e aberta de informações com o único objetivo de melhorar individualmente em grupo com os erros e acertos.

No dia a dia de uma vida regular, evitamos o conflito ou os temas que não gostamos, tudo em nome de evitar situações desagradáveis e manter relacionamentos que no tempo se tornam cada vez mais artificiais depois de tanto ressentimento varrido para debaixo do tapete.

Por outro lado, comunicação não é simplesmente falar, mas também ter a capacidade de ouvi, sem se sentir ofendido ou ameaçado com a opinião alheia, mas tentar extrair o melhor para si ou para todos com base no que estão dizendo sobre você. Reconhecer seus erros com humildade e tentar ser cada vez melhor naquilo que faz e como pessoa.

Afinal é para isso que estamos aqui.

Agindo dessa forma você constrói confiança ao seu redor tanto de você para as pessoas como das pessoas com você.

Saber que você pode contar com sua equipe (seus filhos e família) e vice versa certamente é um aliado para os desafios que a vida trará.

E por falar em confiança isso nos traz para o último ponto que eu gostaria de destacar sobre o livro.

Swin buddy

Swin buddy é a versão da marinha para o melhor amigo.

Não estou falando dessa versão água com açúcar que os adolescentes de hoje em dia chamam de BFF (Best friend forever) e que geralmente vem seguindo de um coraçãozinho ou com mãozinhas fazendo coraçõezinhos.

Estou falando de amigos que podem enfiar o dedo na sua cara e dizer que está fazendo uma baita cag…. e que você é um grande FDP por estar fazendo ou agindo dessa ou dessa forma.

A via funciona nos dois sentidos, obviamente você deve fazer o mesmo com ele porque ele não espera nada menos do que isso da sua parte.

Essa não é uma tarefa fácil atualmente, se você tem alguém que possa fazer isso com você de forma sincera, livre de interesses ou segundas intenções, tente mantê-lo por perto o máximo que sua vida permitir.

A superficialidade dos relacionamentos de hoje em dia e a fragilidade emocional que existe, torna muito difícil construir relações dessa natureza.

Tentar apontar ou emitir uma opinião sincera fica sempre limitada ao risco de atingir certas suscetibilidades e acaba-se criando mais inimizades do que amizades sólidas que supostamente esse tipo de atitude poderia trazer.

Imagino que em situações militares onde os relacionamentos são essenciais para a manutenção da própria vida em campos de batalha é muito mais fácil ter o swin buddy. O interesse é único, manter vivo a ambos.

Pense sobre isso, você de fato tem um swin buddy na sua vida ou você está a altura de ser um swin buddy de alguém? Vale a reflexão.

Em resumo

Gostei bastante do livro.

Não é um livro de auto-ajuda e tão pouco pode ser considerada propaganda americana (ao menos não vi assim).

Achei muito interessante conhecer a experiencia do Mark desde o momento da decisão em se tornar SEAL até o momento de sair.

Estórias de determinação sempre me atraíram e o mundo está cheio de exemplos.

Obviamente que nem tudo deve estar escrito, mas os pontos que destaquei no texto, valem muito a reflexão.

Recomendo a leitura do livro e procurar extrair o que é positivo da experiencia dele.

Esse e outros textos também podem ser encontrados no meu Medium, onde falo algumas coisas sobre Segurança da Informação e Fotografia.

Não deixe de visitar meu canal do Youtube, tem bastante assunto interessante por lá.

Conheça também o ILRanieri Photography, um site dedicado a venda de imagens de algumas das minhas viagens e fotografias street.

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Casal na praia com uma tenda e tocando violao

Livro: Nômade Digital. Um guia para você viver e trabalhar como e onde quiser.

Finalmente um livro que de fato agrega informação para quem busca saber um pouco mais sobre a vida do Nômade Digital.

Como um ex-gerente de segurança da informação que vive no Chile nos últimos dois anos foi se interessar por um livro de Nomadismo Digital?

A resposta, é bem mais óbvia do que parece. Minha mudança no Chile ocorreu em função de uma nova posição que minha mulher assumiu aqui em Santiago.

Depois de ficar praticamente 2 anos em uma ponte aérea infernal entre São Paulo e Santiago, a cada 15 dias, resolvi apostar na vida em outro país e quando se fala em América do Sul o Chile é a joia da coroa ou pelo menos era antes do tal estalido social ou primavera chilena (isso é tema para outro blog).

Uma baita oportunidade, estava em um momento da vida em que tinha recurso para bancar uma espécie de um sabático e buscar uma forma de trabalho que não fosse aquela do mundo corporativo.

Lamentavelmente só fui encontrar o livro Nômade Digital. Um guia para você viver e trabalhar como e onde quiser do Matheus de Souza depois de dois anos.  

Não tenho como mudar o passado e não me arrependo de todas as coisas que tenho feito aqui no Chile, mas certamente posso fazer um futuro melhor e esse livro juntamente com as dicas do site da Rock Content, ajudam bastante.

Afinal o que é um Nômade Digital?

De acordo com a definição dada pela RockContent:

“Nômade digital é um profissional que trabalha online e, portanto, não precisa estar presente em um escritório, cidade ou país em particular. Ele pode trabalhar em qualquer lugar do mundo, desde que tenham uma boa conexão à internet.”

Os nômades digitais, em geral são freelancers, empreendedores, trabalhadores remotos ou um mix de todos eles.

Enfim, se alguém tem condição de por intermédio de tecnologia conseguir trabalhar sem a necessidade de estar presente no seu ambiente de trabalho, pode ser considerado como nômade digital.

Sobre o livro

Chega de papo furado, vamos aos pontos importantes.

O Matheus quebra alguns paradigmas a respeito da ideia que se faz sobre ser Nômade Digital e seguramente de todas elas a mais emblemática é o estereótipo do carinha de bermuda, camisa com estampas florais e chapéu panamá, sentado na praia com um notebook no colo e trabalhando.

Tirando a parte do trabalhando o resto é fake, obvio que depois de mais de 20 anos de informática, praia, água salgada e computador sempre foram coisas que me arrepiavam até os ossos.

Sempre desconfiei dessa imagem.

Nunca pensei em colocar meu precioso notebook em um ambiente inóspito como esse e ter a confirmação do Matheus de que isso era lenda já foi super importante e de fato deu muita credibilidade ao livro.

O Matheus não tenta vender o sonho, mas passa uma boa dose de realidade para quem quer viver o sonho do nômade digital.

Alias, dentro do estereótipo acima a parte que o Matheus mais reforça e o “trabalhando”.

O fato de você se dedicar ao nomadismo digital não quer dizer que você vive férias intermináveis, como qualquer autônomo, precisa trabalhar e muito.

Vale lembrar que comida, hospedagem e deslocamento não caem do céu, tem que pagar por ele e como todo autônomo, se você não trabalhar no final do mês, o dinheiro não vai brotar na sua conta.

O lado positivo é que você consegue trabalhar em qualquer lugar do mundo (com boa internet), seja de Santiago, São Paulo, Bangkok, Budapeste ou San Francisco. E pra muita gente isso não tem preço.

Planejamento

Há muito tempo aprendi que planejamento é o que diferencia entre realizar uma jornada ou atividade de forma consciente de uma aventura.

O capítulo que fala sobre planejamento é mais uma razão para se levar o livro a sério.

Nesse ponto, Matheus destaca a importância de ter um planejamento pessoal, ter uma meta e se dedicar a ela.

Por outro lado, talvez o conselho mais importante seja conhecer a si mesmo. Conhecer suas forças e limitações, saber quais são seus pontos fracos e as oportunidades que você tem nesse momento de vida fará toda a diferença para aqueles que gostariam de abraçar a vida do Nomadismo.

Se você for uma pessoa que tem muito apego pelo lugar que vive e o contato constante com parentes e amigos, pode ser que essa não seja a sua praia.

O mesmo serve para pessoas que gostam da rotina do mundo corporativo e da ilusão da estabilidade.

Agora, para os mais desapegados, certamente ter a oportunidade de passar um bom tempo as margens do Mar Egeu e ainda seguir produzindo e ganhando para isso pode ser um convite bastante tentador.

O que fazer?

Bom essa, parte está diretamente relacionada com a anterior.

Obviamente você precisa se conhecer muito bem para saber o que fazer e do que gosta.

Tem muita gente que coloca a vida em uma espécie de piloto automático, principalmente quando você trabalha no mundo corporativo, os desafios e os problemas já vêm prontos e embalados nos pacotes motivacionais das empresas.

Um amigo meu costuma dizer que, na empresa quando você tem muitos problemas e não sabe por onde começar geralmente seu chefe te liga e resolve esse dilema por você rapidinho.

Quando se é nômade não tem um chefe para te ajudar ou incentivar a decidir por onde começar e tampouco existe um piloto automático. É você e você mesmo.

Se você, como muitos, tem dificuldade em descobrir o que fazer pode tentar se basear em uma outra metodologia que encontrei recentemente chamado IKIGAI.

Não vou entrar muito a fundo nisso aqui, não é o foco, mas em linhas gerais é descobrir:

  • Aquilo que você ama;
  • Aquilo que você é bom;
  • Aquilo que o mundo precisa;
  • Aquilo que você pode ser pago para fazer;

Se você encontrar algo que combine as 4 descobertas acima, certamente você vai encontrar o que fazer e é muito provável que o fará de maneira feliz.

Conexões

Criar boas conexões é outro ponto bem salientado no livro do Matheus e vamos combinar que isso não é novidade.

Em qualquer atividade que você esteja desenvolvendo ter as conexões certas ajudam muito o seu trabalho.

Funciona tanto no ambiente corporativo como com no nomadismo digital. A menos que você queira ser um eremita digital, esse ainda não sei como funciona e nem sei se existe.

A troca de experiencias parece ser mais intensa quando se trata de nomadismo digital.

O que entendi é que quando você encontra outros nômades existe uma certa afinidade automática que não se limita aos aspectos de negócios, como acontece nos ambientes corporativos.

Alguns aspectos e experiencias pessoais entram no contexto, o que acaba enriquecendo essas conexões. Obvio que, oportunidades de negócios podem surgir, mas as relações se tornam mais sólidas porque há um reconhecimento instantâneo de que todos estamos no mesmo barco.

Como esse reconhecimento surge de maneira intrínseca e não porque alguém está dizendo. Existe uma legitimidade e um comprometimento maior com essa troca de experiências e a construção dessa rede de contatos.

Por fim

Não estou recebendo nada de ninguém que mencionei aqui nesse texto, não conheço o Matheus nem pessoal e nem digitalmente. Até gostaria porque gostei muito da abordagem e de como ele transmitiu a realidade do que é ser um nômade digital.

Queria muito ter tido contato com esse material antes, certamente teria me ajudado a focar em uma serie de pontos que comecei a me atentar somente agora.

Recomendo muito a leitura, principalmente para aqueles que buscam uma vida de nômade digital ou mesmo para aqueles que procuram ter uma forma mais virtual ou remota de trabalho.

Esse e outros textos também podem ser encontrados no meu Medium, onde falo algumas coisas sobre Segurança da Informação e Fotografia.

Não deixe de visitar meu canal do Youtube, tem bastante assunto interessante por lá.

Conheça também o ILRanieri Photography, um site dedicado a venda de imagens de algumas das minhas viagens e fotografias street.

Também pode me encontrar no Instagram e no Facebook.

E se quiser saber mais sobre meu lado profissional pode me encontrar no Linkedin.

Impossível me esconder hoje em dia. Rsrsrs

Vista do Distrito Financeiro de Xangai (Pudong) a partir do The Bund

China, será que o dragão está adormecido?

Já mordeu a língua alguma vez na vida ou como dizem por aí pagou a língua?

Pois é, foi justamente o que aconteceu comigo nessa viagem à China.

Como eu vi em um quadro de um restaurante na Patagônia: Viajar é descobrir que todo mundo está errado sobre outros países.

Pesquisando um pouco mais descobri que a frase é de Aldous Huxley autor de alguns livros como Admirável Mundo Novo.

Huxley faleceu em 1963 mas a frase atribuída a ele nunca foi tão presente como nessa viagem à China.

Em se tratando de China duas semanas é muito pouco.

Passar somente duas semanas naquele país e dizer que conhece alguma coisa é o mesmo que cumprimentar aquele velhinho do outro lado da rua que você nunca viu e achar que sabe algo sobre ele.

Saímos do Chile e a viagem do Chile até a China é extremamente longa foram 9 horas de Santiago a Atlanta, mais uma conexão de 10 horas e mais 15 horas de vôo de Atlanta até Xangai.

Diferente do estilo de viagem que estamos acostumados, nossa viagem foi toda feita com o acompanhamento de guias.

Honestamente não sei como poderia ser diferente. Na China você se torna um semi-analfabeto. A diferença que falta para se tornar um total analfabeto são algumas sinalizações que você encontra em inglês. 

Cordialidade rara

A primeira surpresa que tivemos foi a cordialidade do povo chinês. O chinês que conhecemos dos comércios de falsificados do Brasil ou daqueles grupos barulhentos de viajantes que encontramos não tem nada a ver com os chineses que encontramos na viajem.

Na sua grande maioria foram educados e atenciosos e super atentos com o que os filhos estavam fazendo ao redor. Tivemos a impressão até de um certo rigor na educação das crianças, bem diferente da geração de vidro que está surgindo no ocidente.

O governo tem investido na educação e na formação do povo e o reflexo disso é que ao menos nas cidades, encontramos com um nível de educação bem diferente.

É um processo de transformação longo e não conseguimos ver se se estende ao campo também, mas o fato é que está acontecendo.

Xangai

Xangai a primeira cidade da nossa jornada é uma mega cidade é a China do futuro como disse um dos nossos guias, apesar de suas raízes históricas a Xangai que conhecemos é uma cidade centenária e quando se trata de China, um país com mais de 5.000 anos de história ter algumas centenas de anos é pouco.

A vista do distrito financeiro (Pudong), uma das partes mais novas da cidade é para lá de impressionante. A comparação com Nova York, o centro financeiro do mundo é imediata e honestamente não fica para traz.

Xangai está localizada na costa central da China na foz do rio Huangpu além de ser a maior cidade da China com mais de 20 milhões de habitantes, também possui o maior porto.

 Ahhh e o maior Starbucks também.

Não é só a modernidade que move Xangai. tem muita religiosidade também.

As maiores religiões na China são o Budismo, o Taoismo e o Islamismo.

O Budismo originário da Índia é a maior das três, seguido pelo Taoísmo,  essa já originária da China, mas por ser uma religião mais discreta não se encontram muitos templos a vista como os do Budismo.

Saímos de Xangai com destino a Pequim tomando um trem de alta velocidade onde começou a segunda parte de nossa viagem.

Pequim

Pequim é uma cidade bem diferente de Xangai.

Em Pequim não se vê muito a modernidade de Xangai concentrada em apenas um local, mas sim em vários pontos da cidade.

O turismo em Pequim é diferente, aqui encontramos a China de ontem. A cidade sede do governo há centenas de anos presenciou dinastias de imperadores, revoluções e o surgimento de governos até chegar na China que conhecemos.

Na praça da Paz celestial (Tinaman) encontra-se a entrada para a Cidade Proibida, leva esse nome porque na época dos imperadores era proibido a entrada no local. Hoje em dia é praticamente um museu a céu aberto.

E cheio, muuuuiiiito cheio de turistas em sua grande maioria chineses.

Também conhecemos o Palácio de Verão do Imperador que é de longe um dos parques mais bonitos que já vimos.

A outra grande atração da cidade de Pequim é a Muralha da China, mais de 20.000 km de Muralha construído durante milhares de anos para proteger a China da Invasão dos Mongóis.

A viagem me deixou com uma curiosidade muito grande sobre a história da China, mas o pouco que ouvimos e baseado nos comentários dos guias que conhecemos. É que a China sempre foi um país pacato (ao menos no passado).

O espírito chinês parece que sempre foi mais de proteger-se do que atacar e se isso estiver de acordo a Muralha da China é um grande exemplo.

A religiosidade marca sua presença em Pequim, e lá conhecemos o templo do Lama com a maior estátua de Madeira de Buda já construída, 18 metros esculpido em uma peça única.

Aquela rua de comidas exóticas (com escorpião, grilos e etc….) não existe mais e o nosso guia nos garantiu que isso é só pra turistas e que os chineses gostam mesmo é da boa e velha carne de porco.

Xian

A terceira e última cidade da viagem foi Xian, novamente um trem de grande velocidade nos levou de Pequim até lá.

Se você quer chegar no horário nas cidades da China vá de trem, os horários são de precisão Suíça, agora se você não fizer questão de horário pode ir de avião, esses não têm muita precisão não.

 O aeroporto é mais arrumadinho, mas atrasa, o trem não atrasa mas a estação parece com as rodoviárias de São Paulo.

Xian é o passado do passado se Pequim tem séculos, Xian tem milênios, é a casa dos guerreiros de Terracota (argila mesmo). 

O primeiro guerreiro foi encontrado na década de 70 por um camponês que estava cavando um poço em busca de água. Depois de relatar o achado, o governo e uma equipe de cientistas e pesquisadores identificaram outros 2000 que foram desenterrados e parece que existem mais uns 6000 que são intencionalmente mantidos enterrados para conservação.

Os guerreiros são coloridos e geralmente estão fragmentados por conta dos sismos na região, já as suas cores duram apenas 3 horas quando expostas ao ar e a luz e leva quase 1 ano para se remontar um guerreiro completo.

Fim de viagem

Com isso terminamos nosso olá pela China, um país realmente surpreendente. Posso garantir que saí de lá com mais curiosidades do que cheguei.

Uma das nossas guias disse:

Viajar é como ler um livro, cada lugar que visitamos são páginas que vamos lendo durante toda uma vida.

Se isso for verdade tenho certeza de que duas semanas na China não deram nem pro primeiro parágrafo da orelha da capa.

Não deixe de visitar a China, ainda que duas semanas não seja suficiente para entender ou conhecer boa parte de sua cultura e suas belezas a experiência valeu muito a pena.

Não deixe também de ver o vídeo que fiz sobre a China no YouTube.

E se quiser ver as fotos da viagem podem encontrar no meu site: ILRanieri Photography ou no Facebook e Instagram.

Memórias

Quantos de nós acordamos diariamente com a ilusão de que a vida está sob controle? Que sabemos exatamente como começa o dia e como vai terminar.

Uma pessoa em média vive uns 75 anos, o equivalente a 27.375 dias sem descontar o período que não temos a menor consciência de nós mesmos. A maioria de nós comete esse erro todos esses dias ou simplesmente ignora o fato e segue a vida.

Exploradores do novo dia.

Uma imagem contendo montanha, céu, natureza, água
Torres del Paine

Todo dia que começa é um dia para se explorar o desconhecido, algumas vezes pode trazer bons resultados outras vezes não.

A forma como enfrentamos esses temas é a forma como vamos sobreviver a esse dia cheio de novidades.

A partir do momento que você acorda, os desafios começam, levantar da cama sem pisar no gato ou naquela peça de lego que seu filho esqueceu do lado do seu chinelo, ir tomar banho e acabar a água quando está todo cheio de sabão, etc… A lista de surpresas é interminável e mesmo assim seguimos fazendo planos.

Planos para as próximas horas, planos para os próximos, dias, meses, anos. Tem até quem faça planos para quando não estiver mais por aqui.

Somos sensíveis as coisas ruins que nos acontecem, mas as boas quando acontecem, simplesmente passam. Podemos dizer que quando as coisas boas acontecem elas não fizeram mais do que sua obrigação ou que simplesmente demos sorte. (Algo de Síndrome do Impostor aqui.) Ou por outro lado somos incríveis e merecemos isso.

Essa disparidade cotidiana entre apenas contemplar o bom e viver o mal até os ossos é o que vem construindo nossa essência durante todos esses anos. Até porque parece que tudo que é bom foi feito para durar segundos e tudo que é ruim leva dias para acabar.

Registros

Tanto as boas experiências como as ruins deixam registros em nossas memórias, muitos deles indeléveis e que com o tempo moldam nosso jeito de ser e principalmente nossa forma de reagir diante das novidades do dia a dia.

As memórias relacionadas as boas experiências nos marcam pelo prazer ou a satisfação que sentimos naqueles momentos, essas memórias nos movem adiante, em uma busca incansável, eternos caçadores dos prazeres passados ou perdidos. 

Por outro lado, são as memórias ruins que nos mantém vivos, são elas que nos livram das encrencas e que de fato nos preparam para um novo dia de buscas e exploração. Mesmo sem dar conta de que são elas que estão ajudando a ditar as regras.

As memórias de experiências ruins nos coloca na dianteira das dificuldades e ela que nos faz construir um abrigo para chuva ou economizar dinheiro para os tempos difíceis.

Melhor solucionador de problemas de todos os tempos

Com base nela resolvemos problemas. Óbvio que somos capazes dos extremos e nenhum deles é uma coisa boa. O otimista é o fanático das boas memórias, por sua vez o pessimista é o que idolatra as memórias e experiências ruins e se satisfaz quando elas se materializam, existe um prazer em dizer que estavam certos em dizer que as coisas dariam errado. Profetas do apocalipse que não possuem condição de ver o que se passa 5 segundos a sua frente.

Por fim, viva o amanhecer de cada dia, que possamos olhar o dia de forma tão obstinada quanto aqueles que uma vez se lançaram ao oceano buscando novos mundos. Somos tão exploradores como eles. Em um mundo que muda a cada segundo certamente o mundo que você deixou quando dormiu não é mais o que você conhece quando acorda.

Já pensou nisso?

Dicas Santiago Mendoza de carro

Fim de semana estendido em Santiago e você resolveu dar uma chegada em Mendoza.

Assista o vídeo e confira algumas dicas importantes para fazer uma viagem tranquila.

Não deixe de assinar o canal para você continuar recebendo dicas importantes sobre a vida aqui no Chile, deixe seus comentários e pergunte isso me ajuda a criar novos vídeos.

Eu sou Iberê Ranieri e esse é o DPFN.

Mendoza

De acordo com as informações do Wikipédia.  Mendoza é a capital da província Argentina que leva o mesmo nome. Está localizada próxima a parte central da Argentina e bem próximo a Cordilheira dos Andes.

A Rota 7 é a principal estrada entre Santiago e Buenos Aires e foi a nossa via de acesso para chegar na cidade.

As principais industrias da região são as de azeite e vinho. Fazendo com que o local seja muito atrativo para as atividades de enoturismo. A cidade também é ponto de apoio para montanhistas e para os adeptos ao turismo de aventura, principalmente para àqueles que vão até o Aconcagua, o ponto mais alto das Américas com 6962 m de altura.

Como chegar?

Mendoza de fato é muito próximo a Santiago, são aproximadamente 180 km apenas em linha reta, o único problema é uma parede de montanhas que separam os dois países com alturas que variam de 3000 a 5000 metros e isso faz com que a distância praticamente dobre.

A passagem viável mais próxima é o Paso Los Libertadores que fica bem próximo da fronteira entre os dois países. São tantas as montanhas no caminho que a linha divisória entre eles fica dentro de um túnel (bem longo por sinal).

Saindo de Santiago você tem que pegar a Rota 5 sentido norte até Los Andes e depois a famosa estrada no caracol a Rota 57 até a fronteira, daí em diante é praticamente uma estrada apenas que vai mudar de nome quando chegar na Argentina passando a se chamar RN7.

O que precisa?

Se você é cidadão brasileiro, RG ou passaporte resolve o problema de entrada na Argentina, para os brasileiros que estão no chile faz algum tempo o RUT (documento chileno) também serve. Para os estrangeiros, passaporte como em qualquer aeroporto.

A carteira de motorista brasileira  vigente é valida apenas por 3 meses contados do momento em que você ingressou no Chile, independente se ela é a carteira regular ou a carteira internacional. A partir de 3 meses você corre o risco de ter alguma dor de cabeça. Para os que tem a carteira de motorista chilena é mais tranquilo, podem ver o vídeo que fiz mostrando como tirar.

O carro precisa ter alguns cuidados, se o carro não está no seu nome precisa ter uns cuidados adicionais, de acordo com o site da aduana chilena, precisa de uma autorização notarial do proprietário para sair com o veículo do pais.

Os restantes dos documentos são os documentos de circulação obrigatória no Chile, permiso de circulación, certificado de revisión técnica y Seguro Obrigatório.

Um outro item que foge ao comum é um Seguro contra danos a terceiros exigido na Argentina, esse seguro é bastante comum e pode ser contratado apenas pelo tempo de viagem que na Argentina.

É bom estar familiarizados com esses documentos e te-los a mão, serão exigidos na Argentina na ida e no Chile na volta.

Alias esse é um detalhe interessante que pode causar alguma confusão, você não precisa parar na Aduana Chilena para sair todo o processo é feito na aduana Argentina. O mesmo ocorre quando estiver voltando para o Chile, nesse caso todo o processo de entrada e saída ocorre na aduana chilena.

Aduanas

Falando em Aduanas.

Demos muita sorte com as aduanas tanto chilena como argentina, não pegamos fila apesar de ouvir relatos de pessoas que ficaram até 48 horas esperando para passar, no nosso caso não chegamos a perder nem uma hora.

A Aduana argentina me pareceu bem menos burocrática, você caminha com seu carro como se fosse um Drive Thru.

Já no Chile a coisa é mais devagar, vc realmente tem que estacionar o carro, descer e passar por uns 4 guichês a pé mesmo, além da vistoria e controle aduaneiro para verificar se não estão importando alguma coisa.

Mas nos dois países foram bem simpáticos e atenciosos.

Dicas no Caminho

O Caminho para Mendoza é belíssimo, as paisagens naturais realmente capricharam em todo o percurso, mas existem pontos que realmente valem a pena uma parada mais demorada.

Há quem diga que o lado argentino é mais bonito que o lado chileno, eu particularmente não achei os dois são lindos, mas encontrei o lado chileno mais verde, e mais próximo as imensas montanhas da cordilheira.

Estrada Caracol

A primeira parada que fizemos é no final da subida da estrada do caracol, a própria estrada com suas curvas em 180 graus por sí só já é linda as montanhas ao redor completam o cenário

Estação de Ski de Portillo

A estação de Ski de Portillo é uma das mais tradicionais do Chile durante o Inverno, mas durante os meses de Primavera e Verão o lago Inca oferece uma paisagem paradisíaca.

Puente el Inca

Já do lado Argentino não deixa de conhecer a Puente del Inca.

Aqui fizemos uma amizade inusitada.

Parque Aconcágua

Principal parada para os montanhistas e para aqueles que querem se aventurar em subir os quase 7000 metros do Aconcágua.

O que fazer em Mendoza

Mendoza é uma cidade muito bonita, muito arborizada com diversas praças, todas elas bastante movimentadas.

Estivemos lá no inicio da primavera e o clima desértico da cidade não deixou barato.

Se não fosse por essas árvores os meses de calor seriam insuportáveis.

Mendoza conta com um parque também muito bonito chamado Parque General San Martin. Vale a parada e uma caminhada no local.

Tivemos a oportunidade de fazer em Mendoza algo difícil de encontrar aqui em Santiago, um tour e degustação de azeites. Mendoza tem uma produção muito rica de azeites de boa qualidade nossa experiência foi na Familia Zuccardi, um dos grandes produtores de vinho e azeite na região.

Onde Comer?

Comer em Mendoza não é problema, existe uma grande variedade de bons restaurantes. Comemos muito tempo nos 3 dias que passamos por lá.

A carne é excelente e os garçons são muito atenciosos e simpáticos. Descobrimos que além da tradicional rivalidade em futebol, também disputamos as preferencias pela carne e pela cerveja. Alias rivalidade essa que realmente fica nos campos de futebol, porque todos os lugares que tivemos nos receberam muito bem como brasileiros.

As dicas de restaurante são: Restaurante da Familia Zuccardi que fica na vinícola e o Restaurante 1884 da vinícola Escorihuela Gascón.

A Escorihuela Gascón é uma das vinícolas mais tradicionais de Mendoza, não tivemos tempo de visita-la mas o restaurante e os vinhos são muito bons.

Se você tiver em Santiago, pode encontrar esse vinho na Wine Famiglia, distribuidor exclusivo da Escorihuela Gascón para o Chile.

Cuidados

Muito embora não tenha nos passado nada, é sempre bom os conselhos sobre segurança ao caminhar pela cidade, Mendoza nos pareceu uma cidade muito seguro, mas não se compara ao Chile, portanto muita atenção nas ruas e praças.

Nas estradas cuidado para não passar os limites de velocidade e cuidado com as ultrapassagens, é comum encontrar policiamento no caminho e …. digamos…. a polícia argentina se assemelha muito com a brasileira em alguns aspectos, não facilite.

É bom sair do Chile já com pesos Argentinos para não ter problemas com o cambio no local e muito importante. Não esqueça de guardar dinheiro para um pedágio de saída da Argentina que fica bem próximo a fronteira. Ele só aceita pesos argentinos.

Não invente de levar frutas, flores e carnes para o Chile, o controle chileno é bem rigoroso e você pode ter alguma dor de cabeça se encontrarem esses itens no seu carro.

Aproveite

É isso, não deixe de aproveitar muito a sua viagem nesse cidade vizinha e muito hospitaleira.

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Espanha – Portugal 15 dias cruzando a Península Ibérica

O projeto inicial da viagem era sair São Paulo – Barcelona – Lisboa – São Paulo, cruzado toda a península ibérica pelo meio.

Viajamos em dois casais sendo um deles de mais idade (meus pais), razão pela qual optamos por alugar um carro em Barcelona e de lá fazer o toda a viagem.

Os trens na Europa, são maravilhosos, mas os custos de tantos trens vezes 4 pessoas, mais o fato de descer na estação pegar metro com mala e tudo não é muito atrativo quando se está com um casal de idade. Alugando o carro por 16 dias, e ainda devolvendo em outro pais o que duplica o preço, ficaria mais barato do que pagar pelos trens.

Pois bem, saímos de São Paulo para Barcelona em um vôo da Singapore Airlines, disparado a melhor companhia aérea com a qual já tive oportunidade de voar, não é a toa que é a terceira melhor companhia aérea do mundo. Muito diferente da TAP que pegamos na volta, horrível, avião deteriorado e atendimento bem meia boca.

Chegando em Barcelona, todos os passageiros passaram por uma revista pela policia Espanhola na porta do avião, algo que não consegui entender porque, o fato acabou causando um transtorno no desembarque.

Nos dirigimos ao Hotel Catalonia Diagonal Centro havíamos feito a reserva pelo booking.com, muito recomendável, hotel confortável, bem localizado, ao lado da estação Diagonal, uma das principais linhas de metro de Barcelona.

Barcelona é uma cidade muito bonita, é possível conhecê-la integralmente através das linhas de metro e um pouco de caminhada.

Ainda no primeiro dia, embora cansados da viagem, como chegamos pela manhã, optamos por pegar um trem rápido e ir até a cidade de Figueres, apesar da distância o trem leva apenas 1 hora para chegar.

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Em Figureres encontra-se o museu de Salvador Dali, retrata bem a figura do controverso artista e suas obras, vale a pena conhecer e terminar com uma caminhada pela tranqüila cidade de Figueiras onde tomamos um café na praça próximo ao Museu.

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No dia seguinte começamos o passeio por Barcelona, o hotel estava aprox. 1 km da Igreja da Sagrada Familia, disparado a igreja mais bonita do mundo e ainda não terminada. Demos com a cara na porta obviamente.

É necessário comprar ingresso para conhecer a igreja e isso deve ser feito pelo site da Igreja, não conseguimos comprar na porta, o que nos obrigou a fazê-lo a noite quando voltamos para o hotel para poder ir no dia seguinte.

Falando em internet, para o pessoal que gosta de se manter conectado, vale muito a pena comprar um chip pré-pago de 1 ou 2 GB enquanto estiver na Espanha. Embora não seja muito difícil encontrar conexões wi-fi livres ter a mão acesso a internet te dá acesso aos sistemas de GPS como o Google Maps, que muitas vezes te ajudam a encontrar alguns locais mais escondidos, e principalmente para quem gosta de caminhar, diz qual a distancia entre o ponto desejado e onde você está.

Continuando, uma vez que batemos com a cara na porta tivemos que adaptar o roteiro, pegamos o metro em direção ao maravilhoso Parque Güell, também de Gaudí, lindíssimo.

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Do alto do Parque pode se avistar quase toda a Barcelona.

Novamente metro, agora rumo ao centro de Barcelona onde fomos conhecer a Catedral da cidade, em nada fica devendo as igrejas italianas, que eu considero as mais bonitas do mundo.

Era quase hora do almoço e resolvemos caminhar (muito, muito) até o Portico Olimpico, os Restaurantes próximos a marina são um convite e tanto, pena que diferente do que acontece no Brasil a maioria fecha a tarde, com exceção de poucos como é o caso do La Barca de Salamanca, obviamente especializado em frutos do mar.

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Matamos a vontade da minha mãe de comer uma autentica Paella espanhola, os demais pratos estavam muito bons e o preço bem razoável. Esse restaurante conta com menus econômicos já prontos, é uma boa opção, sem falar que o local é muito agradável.

Ingressos na mão, no dia seguinte, voltamos a Sagrada Familia, a deslumbrante obra de Gaudí, não é possível ser expressa por palavras, a inspiração do autor proveniente dos elementos da natureza (árvores, cristais, folhas, frutas) criou um dos monumentos seguramente mais incríveis do mundo, tudo é belo, majestoso e muito harmonioso. Imperdível.

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Caminhamos até La Pedrera ou Casa Milà e Casa Batlló outras obras fantásticas do mesmo autor, próxima a ela esta a Praça Catalunha e loja El Corte Inglês, uma mega loja de departamento espanhola muito bonita. Tem de tudo. Embora o turismo de consumo na Europa, para nós brasileiros seja uma péssima idéia em função do preço do euro.

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Existem duas avenidas que valem muito a pena conhecer em Barcelona, La Rambla e Passeig de Gracia, ambas muito bonitas e onde se pode encontrar as principais lojas de grife.

Outra visita imperdível é o Mercado de San Jose ou La Boqueria, próximo a La Rambla.

Recomendamos comer nos seguintes lugares:

Tapa Tapa

Divinus

Eix Centric

La Barca de Salamanca,

Deixamos Barcelona no dia seguinte com um gostinho de quero mais, a cidade de fatESP-PORT0010o é muito linda, pegamos o carro que havíamos reservado na Hertz, como de costume o modelo que você escolheu não tem, mas acabamos ficando com uma Zafira zero km que deu muito bem para acomodar as 4 malas e os 4 adultos.

Sistemas de GPS configurado a próxima parada era Zaragoza, parada estratégica apenas para esticar as pernas e conhecer a igreja local com telhados decorados que lembram muito as cores do Brasil (deu saudades de casa). Passamos rapidamente pela cidade, nosso destino final era Madrid. Mas a cidade é muito bonita, me arrependi de não ter ficado um dia por lá.

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Fica a dica, tanto de Madrid como de Barcelona, partem trens para Zaragoza que levam cerca de 1 hora pra chegar, vale a pena, uma vez baseados em uma dessas cidades pegar um trem e gastar um dia na cidade.

A estrada até Zaragoza é fantástica, como a maioria das estradas européias, mas essa por se tratar de uma AP, era especialmente bem projetada, com mega postos de serviços no caminho. De Zaragoza a Madrid já era uma estrada A, tão boa como a nossa Anhaguera, mas com postos de serviços mais humildes. Recomendo ir com o tanque cheio nesse trecho, não o do carro, mas o seu estomago mesmo, a gasolina é igual em qualquer lugar, já a comida!!!!!

Outra, coisa a paisagem de Barcelona a Madrid, é extremamente árida, parece desértica, não é muito bonita, faz refletir sobre a questão de ir de carro entre um local e outro.

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Chegamos em Madrid por volta de umas 16:00 horas, nosso hotel ficava na maravilhosa Gran Via próximo a Calle Preciados. O Hotel Tryp Cibeles também tem um preço bem razoável, é limpo e próximo dos principais pontos turísticos de Madrid, dá pra ir a pé a todos.

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Um ponto muito interessante que vale destacar é que caminhar na Espanha e Portugal é muito seguro, coisa que lamentavelmente perdemos aqui no Brasil, pode-se caminhar tranquilamente a noite pelo centro da cidade sem que ninguém venha importuná-lo e o europeu aproveita isso muito bem.

Os bares de tapas estão sempre cheios e é uma sensação que deve ser experimentada. Poder caminhar a noite sossegado, entrar num bar de tapas e caña como eles chamam, tomar uma cerveja e comer petiscos, sair e voltar para o hotel é muito bom.

Como toda cidade grande, existem batedores de carteira, portanto, se você tomar as precauções que você toma para andar no Brasil, certamente não terá problemas na Europa, dinheiro e celular no bolso da frente, passaporte guardado no cofre do hotel (xerox na carteira) e só. Aproveite a sensação de estar em um local seguro.

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Voltando, saindo do hotel, você já está na Gran Via, local das principais lojas vale caminhar por ela, atravessando a Gran Via você chega na Praça Callao, e logo a frente a Calle Preciados, alí é só descer até a Puerta del Sol, onde está o marco zero de Madrid.

Caminhando para direita você chegará na Praça do Oriente onde está a Catedral de Madrid e o Palacio Real, a Catedral não tem nada de mais, já o palácio é muito bonito.

Próximo a Puerta del Sol também está a Plaza Mayor, (toda cidade espanhola parece que tem uma), onde antigamente se faziam as touradas, hoje o local tem algumas lojinhas e cafés. Vale a parada para comer Jamon e tomar cerveja.

ESP-PORT0025Próximo a Plaza Mayor está o mercado San Miguel todo de vidro, muito bonito, e a Calle Cava Baja, onde existem muitos restaurantes típicos, recomendo o Orixe, muito bom. Próximo a Plaza Oriente encontra-se o LA BOLA caro, mas bom para quem gosta de comer o famoso Cocido.

De Madrid fomos de carro para a cidade murada de Toledo. A cidade durante muitos anos foi a capital da Espanha, antes de ser transferida para Madrid.

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A catedral da cidade é tida como uma das mais bonitas da Espanha, e a cidade em si é muito charmosa, gasta-se tranquilamente um dia inteiro caminhando por suas ruas estreitas.

ESP-PORT0027ESP-PORT0031Interessante comentar que o rio que passa ao lado é o Tejo, o mesmo que encontraríamos no final da nossa viagem em Lisboa.

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Em Madrid comemos:

LA BOLA

ORIXE

RODILLA

EL CORTE INGLES GOURMET

No dia seguinte, partimos para Salamanca com escala em Segovia, o ponto alto da cidade é o aqueduto romano, inteiro construído sem guindastes e sem cimento, ou seja as pedras se sustentam por gravidade apenas e estão lá a quase 2000 anos. Sensacional.

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Passamos muito rapidamente, mas assim como Zaragoza, acredito que vale a pena gastar um dia caminhando pelas ruas de Segovia.

Agora, Salamanca é um espetáculo a parte. Nos hospedamos no Eurostars las Claras, excelente.

Achei a cidade maravilhosa e a Plaza Mayor muito bonita, foi nela que filmaram Ponto de Vista.

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Quando chegamos, havia uma quantidade enorme de jovens fantasiados, em grupos separados, todos fazendo uma bagunça na Praça, curiosos, fomos perguntar do que se trata. Nos explicaram que Salamanca é uma cidade universitária e muito barata, então é comum que os jovens venham para festas ou fazer despedidas de solteiro na cidade.

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De fato a caminhando pela cidade, nos bares, o que se viam eram muitos jovens e muita gente bonita.

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Tive o enorme prazer de encontrar um loja Leonidas, são os melhores chocolates belgas que eu já comi, se você se deparar com uma dessas em qualquer lugar do mundo, esqueça seu regime e não passe vontade.

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Como não poderia ser diferente, mais igrejas uma mais bonita que a outra, vale a visita. A diferença é o atrativo a parte de procurar o astronauta num dos afrescos da catedral. Não vou dizer onde está, vá procurar, eu fiquei uns 15 minutos tentando achar rsrsrs. Segue a foto provando que existe.

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Com Salamanca, encerramos o trecho Espanhol da viagem, o qual deixamos muito contentes e com saudades.

Em Salamanca comemos:

La Casa Paca

La Tagliatella

Antes de trabalhar na MAPFRE, tinha uma impressão diferente sobre a Espanha e os espanhóis, mas conhecendo a ambos mais de pertos descobri um pais, muito bonito, um povo muito educado, atencioso e que tem muito orgulho do seu país que alias é lindíssimo.

Se Deus permitir ainda voltarei para conhecer outros lugares que ficaram faltando, como Sevilha e Granada que dizem ser igualmente lindos.

Seguindo pela A2 entramos em Portugal com destino a Porto. A paisagem de Portugal é diferente, muito mais verde.

Em Portugal algumas estradas contam com um sistema de pedágio automático, ele lê eletronicamente a placa do carro e tarifa, nosso carro por ter sido alugado na Espanha tem placa espanhola até o momento que estava escrevendo esse artigo não sei se fomos tarifados ou multados, mas convém se informar melhor e tomar cuidado.

As estradas portuguesas são tão boas quanto as espanholas, e tem que ser por força da zona do euro, chegamos a Porto sem qualquer percalço.

Ficamos hospedados no Quality Inn na Praça da Batalha, esse eu NÃO recomendo, tirando o café da manhã e a simpatia do pessoal do hotel o resto foi tudo meia boca.

Falando em simpatia, já tive a oportunidade de viajar por quase todos os países famosos da Europa e posso falar com toda segurança, não existe povo mais simpático que o português, gostam de conversar, são educados, prestativos e bem humorados. São muito alegres e isso acaba trazendo muitas cores ao local.

Em Portugal, as igrejas e monumentos não são tão bem conservados como na Espanha, alguns nitidamente parecem estar caindo aos pedaços, mas não quer dizer que não sejam interessantes.

Vale muito a pena caminhar pelas ruas de Porto, lembra muito as nossas cidades históricas.

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O passeio das seis pontes no Rio Douro é encantador, imagino que o passeio de um dia pelo Vale do Douro seja muito rico, mas não para nossa (minha e da minha esposa) sempre presente inquietação. Ficar um dia inteiro em um barco é um pouco difícil.

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Comprar um passe para aqueles ônibus turísticos vale a pena, vai te levar nos principais pontos de Porto e você pode subir e descer a hora que precisar.

Comemos a famosa francesinha do Café Santiago, um sanduíche feito no pão de forma, com presunto, lingüiça, carne e coberto com queijo e para os mais selvagens um ovo enorme por cima, vale experimentar. Alias, como português come ovo, vai ovo em tudo, nos doces, nos pratos tudo…

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Comemos também bacalhau em Gaia (do outro lado do rio Douro) no Restaurante chamado Rabelo’s que por sinal é o nome desses barquinho que são vistos no rio e eram utilizados para escoar a produção de vinho do porto.

Fomos conhecer cava Korn de vinho do Porto, um melhor que o outro.

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Faltou conhecer o Mercado Bolhão, que disseram ser muito bonito, fica próximo a Praça da Batalha onde estávamos, mas ao final do dia e ele fecha cedo, por volta das 18:00 horas.

ESP-PORT0048Em Porto comemos:

Café Majestic

Rabelo’s

Ribeira’s

Doceria Imperador

Café Santiago

Porto era uma de nossas bases, e a partir dela conhecemos outras cidades, uma delas foi Aveiro.

Aveiro é conhecida como a Veneza portuguesa, não caia nessa estória, tem um canal e meia dúzia de gôndolas que leva umas 6 pessoas, não vale a pena. A cidade também é conhecida pelo doce de ovos moles, interessante. Se tiver com pouco tem não recomendo ir.

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Próximo a Aveiro está Ilhavo, praia, o local tem umas casinhas listadinhas muito bem interessantes também um farol enorme, acho que o maior de Portugal, também nada de mais.

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De Porto também fomos a Barcelos. Essa vale conhecer, as quintas-feiras tem uma feira de artesanato enorme na praça principal, que tem praticamente tudo, de roupa, trabalhos em barro, comida e etc. É de Barcelos que vem aquele galinho símbolo de Portugal.

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A doçaria Colonial, tem um Cappuccino e doces que valem a parada fica próximo a praça.

A próxima cidade distante de Barcelos uns 30 ou 40 kms é Braga, também muito bonita e famosa pelos eventos da Semana Santa. As fotografias falam por si.

ESP-PORT0074 ESP-PORT0075 ESP-PORT0076 ESP-PORT0077  ESP-PORT0079Fechamos o dia com a visita a Guimarães com o Palácio Ducal e o castelo.

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No dia seguinte nos despedimos de Porto com destino a Lisboa, novamente estradas bem sinalizadas um percurso muito tranqüilo, o trânsito de Lisboa é um bem mais intenso, evidentemente nada comparado ao de São Paulo, mas bem mais movimentado do que os das outras cidades que tivemos.

Nos hospedamos, no HF Fenix Lisboa, na Praça Marques de Pombal, excelente localização, do parque em frente saem todos os ônibus turísticos que circulam por Lisboa, o preço é razoável, mas a infraestrutura do hotel é muito boa.

Adotamos nosso procedimento padrão, instalar e caminhar pela redondeza para fazer reconhecimento.

Descemos a Avenida da Liberdade até o bairro dos Restauradores, onde encontramos o Hard Rock Café Lisboa, como faz parte da nossa tradição, toda cidade que tem Hard Rock, comemos e compramos um copinho pra coleção.

A Avenida da Liberdade é muito bonita, parafraseando o nome, novamente desfrutamos da maravilhosa possibilidade de retornar para o hotel caminhando a noite pelas calçadas arborizadas da Avenida.

Para conhecer Lisboa, pegamos um ônibus de excursão da City Seeing com duas linhas, uma que ia em direção ao oceanárium e outra em direção a Torre de Belém.

Optamos por ir ao Oceanário pela manhã, que é simplesmente lindo, construído as margens do Rio Tejo, aquele mesmo que encontramos pela primeira vez em Toledo na Espanha, gasta-se umas 2 horas tranquilamente, observando o mundo submerso criado com os 5 milhões de litros de água e que representam os diversos oceanos do mundo. Vale a pena.

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A cidade de Lisboa é muito bonita, é uma das cidades mais antigas do mundo, rivaliza com algumas da Grã Bretanha e Itália.

Do oceanário pegamos novamente o ônibus e fomos até o Paternon, local onde alguns dos reis de Portugal estão enterrados, como estava próximo a Praça do Comercio caminhamos até lá onde novamente pegaríamos o ônibus de turismo agora rumo ao Mosteiro de São Jerônimo e Torre de Belém.

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Por conta de uma manifestação, os ônibus acabaram ficando retidos no congestionamento (tb me lembrou de casa) e tivemos que pegar um taxi até o mosteiro.

Fantástico, o Mosteiro é maravilhoso assim como a igreja junto a ele. Pertinho do Mosteiro ficam os famosos Pastéis de Belém.

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O Pastel de Belém é o pastel de nata que você encontra por todo Portugal, com exceção de que esse é o famoso, cá entre nós, vi pouca diferença entre ele e os que comi antes, principalmente o de Barcelos, no entanto como a saída é absurda ele está sempre fresquinho e morninho. Ir a Roma e não ver o papa ou ir a Lisboa e não comer pastel de Belém, é a mesma coisa, no nosso caso como vimos o papa, comemos o pastel, tradição é tradição tem que ser mantida, pra ficar bem registrado só eu comi 4 e um risolis de camarão igualmente maravilhoso, um almoço.

Saindo do pastel caminhamos até o monumento que mais simboliza Lisboa e Portugal em si, a Torre de Belém, de fato muito bonito. No caminho se passa pelo monumento em homenagem aos descobridores, graças a eles em especial o Marques de Sagres, Portugal se desenvolveu, encontrou caminho para a Índia e até o Brasil, merecem um monumento do tamanho que é.

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Em Lisboa comemos:

Hard Rock Café Lisboa

Pastéis de Belém.

Cervejaria Trindade

A Brasileira

Baseados em Lisboa agora, no outro dia seguimos para Évora, outra cidade muito acolhedora, conhecemos o Templo de Diana outro monumento romano e a Capela dos Ossos, muito deprimente, não recomendo para quem acredita ter qualquer tipo de sensibilidade.

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Voltamos para Lisboa por uma das pontes que passa sobre o Tejo, muito bonita também, uma estrutura toda de aço que lembra a ponte de São Francisco.

Como disse um taxista que conhecemos, “Lisboa tem de tudo uma Golden Gate, um Cristo redentor só não tem dinheiro.”

A viagem do dia seguinte prometia ser o ponto alto, ao menos para minha mãe que desde o começo comentava em conhecer o Santuario de Fátima.

O Santuário é muuuito bonito, todo cristão deveria conhecer independente de que linha siga, ali si se sente uma energia muito positiva, tudo é de uma simplicidade majestosa. Muito emocionante.

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Saímos de Fátima com a sensação de realmente ter pisado em solo sagrado e fomos para Óbidos, na esperança de encontrar um feira de chocolate, que estava acontecendo por lá e infelizmente descobrimos que havia acabado no dia anterior, mas a cidade é bonita como as muitas cidades muradas que existem na Europa, vale passar por lá.

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Comemos Bacalhau no Petrarum Domus, aconchegante e muito gostoso, preço bom. Ahh, e tomamos a famosa Ginginha, é o licor de cereja que vem dentro do bombom de chocolate, inclusive o copo onde é servido é de chocolate e você pode comê-lo depois.

Deixamos para o último dia de viagem a cidade de Sintra, principalmente por ser a mais próxima de Lisboa e eu não agüentava mais dirigir (Espanha mais Portugal quase 3000 km).

Em Sintra fomos a Quinta da Regaleira, um mansão construída por um ricaço no século XIX ou XVII com motivos exotéricos, passagens subterrâneas, cavernas e uma torre invertida de uns 15 metros, fascinante, não percam.

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O outro ponto alto é o colorido Castelo de Pena, achei que não valeu a pena entrar no Castelo, por dentro ele é muito chique, muito luxuoso e muito cheio, se eu tivesse ficado do lado de fora teria sido mais feliz, mas é bacana e ele da vista para o Castelo dos Mouros.

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A pergunta é como construir ambos os castelos na época em que foram construídos no alto da montanha. Tanto o Castelo de Pena como o dos Mouros pode ser visto de qualquer lugar da cidade, lindo. Alias Sintra é muito bonito, mas estava muito cheia e eu muuuito cansado.

Voltamos para Lisboa, e para encerrar caminhamos até o Tejo descendo pela Avenida da Liberdade, Rua Augusta e Praça do Comércio, como um ultimo adeus a Europa e a Portugal que nos acolheu tão carinhosamente bem.

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Se você quiser fazer uma viagem para Europa e se preocupa com se fazer entender, ser bem recebido, vá para Portugal. Depois pode arriscar, Espanha, Italia, França e a incrível experiência de se sentir um completo analfabeto na Suiça (alemã) onde não se entende nada rsrsrs.

Encerrei com um cappuccino e um belo travesseiro de Lisboa.

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Orgulho…..

Orgulho.
Sim, como sempre. O video é antigo, não fui eu que filmei e está no canal da Estação Só Risos.
Um grupo de pessoas que durante muito tempo levou amor e carinho para muita gente.
Sem super produções, mas com uma imensa vontade de fazer o bem.
Na performance abaixo a palhacinha é alguém com de coração enorme e com quem apreendo toooodo Santo Dia.
O post estava perdido em um antigo blog, agora revista e reescrito em 31.12.2019

O Meu amorzão na estação só riso…

youtube=http://www.youtube.com/watch?v=8Pp6huyMUlw

Sem vergonha

Carnaval pra mim geralmente é uma época miserável. Primeiro porque eu detesto marchinha de carnaval, queria entender que graça tem um cidadão ficar escutando aquelas musiquetas de 1930, fantasiado de palhaço e pulando igual um macaco. Segundo, como todo cara que não bebe, odeio bêbado e nessa época esses proliferam.

Sendo assim, a única coisa que me resta é procurar um refugio que só não é mais tranqüilo porque sou casado e isso limita incrivelmente a possibilidade de determinadas programações.

No carnaval desse ano, assim como nos anos anteriores fomos para o interior na casa de um compadre. Compadre é uma versão mais leve do cunhado. O cidadão que casa, chama alguns parentes e amigos para testemunhar o acontecimento e para não chamar o cara de testemunha ele ganha o nome de padrinho de casamento e por conseqüência compadre.

Pois bem, o compadre no caso tem um dálmata que minha mulher adora e aproveita para matar saudades. Nós moramos em apartamento o que considero inadequado para criar qualquer tipo animal que não seja um peixe (dos pequenos) e também não nutro grande paixão por cães, gatos, pássaros e afins.

Quem lê os meus textos ou me conhece, sabe que sou adepto a liberdade principalmente a de ir e vir. Ser limitado por um outro ser humano não me agrada quanto mais por um animal, portanto no momento não os tenho.

Esse feriado flagrei minha digníssima mulher chamando a dálmata do meu compadre de “sem vergonha”.

Vergonha é algo que sentimos quando fazemos algo reprovável pela sociedade ou por nós mesmos. Uma pessoa, brasileiro, gozando do perfeito juízo ou tido como um ser humano médio sentiria vergonha ao ficar nu no meio da Avenida Paulista ás 18:00 hrs.

Kundera diria que vergonha é o que sentimos quando somos flagrados no erro e não por cometermos o erro em si.

De qualquer forma a vergonha está associada a um juízo de valores íntimos ou não que faz com que não nos sintamos bem, constrangidos, desconfortáveis com uma determinada situação.

Dado que um cão é perfeitamente adaptado para viver uma vida de cão (espécie) e para isso basta apenas existir, e que ele sendo apenas cão cumpre sua finalidade como diria Aristóteles como poderia sentir a vergonha ou a falta dela?

Vergonha é um sentimento exclusivamente humano e como a maioria deles limitado e subordinado ao peso da aprovação de uma série de normas e culturas.

Um cão não necessita de aprovação da sociedade dos cães para rosnar para o gato do vizinho quando ele passa pelo muro; um cão não necessita de aprovação do canil para urinar a cada poste que passa e assim demarcar seu território e também não sentirá a menor vergonha por defecar no meio da Oscar Freire em uma quinta-feira à tarde.

A visão estreita do ser humano em tentar entender o mundo de acordo com a sua própria natureza talvez seja a sua mais grave miopia.

A complexidade das ações humanas pelo menos àquelas que se pode destacar do instinto deveriam ser atribuídas somente a humanos e não a animais ou divindades.

No caso das divindades se torna ainda mais curioso, sem entrar no mérito se o divino é mais uma das formas de castrar a felicidade humana ou não, não é raro ouvirmos que hoje choveu porque Deus está triste ou tal região foi alagada porque Deus estava irritado.

Embora fosse a intenção nas palavras de minha mulher reprovar o ato do cão, sem querer, suas palavras estavam cheias de verdade. “Sem vergonha”, realmente sem vergonha, sem caráter, sem moral, sem ética, sem carnaval, apenas um cão abanando o rabo e procurando viver como cão e interagir como cão no mundo de homens.